JULGAMENTO DE UM SENADOR!
Um senador, que não virou príncipe, estava andando tranqüilamente quando é atropelado por um caminhão de lixo e morre. A alma dele chega ao Paraíso e dá de cara com São Pedro na entrada. -'Bem-vindo ao Paraíso!'; diz São Pedro -'Antes que você entre, temos que resolver um probleminha.' - Sabe, raramente vemos parlamentares por aqui, então não sabemos bem o que fazer com você. -'Não vejo problema, é só me deixar entrar, esqueceu que sou Excelência?', diz o finado senador. -'Eu bem que gostaria, Excelentíssimo, mas tenho ordens superiores. Vamos fazer o seguinte: - Você passa um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Aí, pode escolher onde quer passar a eternidade, está bom assim? -'Não! Não precisa, já resolvi. Quero ficar no Paraíso.., diz o Excelentíssimo finado Senador. -'Desculpe Excelência, mas aqui não é o Senado, cumprimos regras, as normas legais e as Leis.' Assim, São Pedro o acompanha até o elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno. A porta se abre e ele se vê no meio de um lindo campo de golfe. Ao fundo o clube onde estão todos os seus amigos e outros políticos com os quais havia trabalhado. Todos muito felizes em traje social. Ele é cumprimentado, abraçado e eles começam a falar sobre os bons tempos em que ficaram ricos às custas da miséria do povo. Jogam uma partida descontraída e depois bebem do melhor whisky, comem da melhor lagosta e do melhor caviar, se divertindo com lindas mulheres. Quem também está presente é o diabo, um cara muito amigável que passa o tempo todo sorrindo, dançando e contando piadas. Eles se divertem tanto que, antes que ele perceba, já é hora de ir embora. Todos se despedem dele com abraços e acenam enquanto o elevador sobe. Ele sobe, sobe, sobe e a porta se abre outra vez. São Pedro está esperando por ele. - Bem Excelência, agora é a vez de visitar o Paraíso. Ele passa 24 horas junto a um grupo de almas contentes que andam de nuvem em nuvem, tocando harpas e cantando belos hinos. Tudo vai muito bem e, antes que ele perceba, o dia se acaba e São Pedro retorna. -' E aí ? Você passou um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Agora tens o livre arbítrio para escolher a sua casa eterna.' Ele pensa um minuto e responde: -'Pedro, eu nunca pensei nisso .. O Paraíso é muito bom, mas eu acho que vou ficar melhor no Inferno.' - Pedro não! Olha a intimidade, sou São Pedro. - Desculpe Senhor, é que me lembrei de um velho amigo! - Sem problema, em breve vocês estarão juntos. Então São Pedro o leva de volta ao elevador e ele desce, desce, desce até o Inferno. A porta abre e ele se vê no meio de um enorme terreno baldio cheio de lixo, esgoto aberto e muito fedido. Ele vê todos os amigos com as roupas rasgadas e sujas, catando resto de lixo para comer e colocando entulhos em sacos pretos. O diabo vai ao encontro do finado senador e passa o braço pelo seu ombro. Neste momento, diz o finado senador: "Uma questão de ordem seu diabo!" -'O que está acontecendo aqui? Estou me sentindo enganado!', - gagueja o finado senador - 'Ontem mesmo eu estive aqui e havia um campo de golfe, um clube, lagosta, caviar, whisky, mulheres, e nós dançamos e nos divertimos o tempo todo. Agora só vejo esse fim de mundo cheio de lixo e meus amigos arrasados!!!' O diabo olha pra ele, sorri ironicamente e diz: "- Fique frio playboy, tu fizestes tudo errado, por esta razão te enganei da mesma forma que enganastes o povo que te deu o voto de confiança, assim como os servidores que, ilusoriamente, confiaram na sua administração e autoridade que foi fraca e indígna para com eles! - Meu caro, tu não és mais Senador, já era, acabou! - Você pensou que o cargo era vitalício, né? - Pensou errado como todo pobre de espírito que assume o efêmero e passageiro poder; - Você esqueceu-se, também, das ilusórias promessas que fez ao povo para que votasse em você; - Não justificou com honra e justiça os votos e o mandato que recebeu do “pobre” povo desinformado do seu Estado; - Mal versou o erário, se locupletou, furtou as verbas destinadas à saúde, segurança e educação, fazendo com que os hospitais ficassem doentes e a mortalidade infantil se agigantasse; - Fez com que a marginalidade crescesse com o desvio das verbas de segurança, manteve o povo sem informação e ignorante, furtando as verbas destinadas à educação; - Não honrou o cargo que lhe foi confiado pelo povo no seu Estado e no Senado Brasileiro... - Agora pegue um saco desses e vá trabalhar para comer o seu lixo com o suor do seu rosto... Na Bíblia está escrito (Gálatas 6:7): "Não vos enganeis, de Deus não se zomba, pois tudo o que o homem semear, isto também ceifará". Quem planta chuva colhe tempestade! A justiça até pode tardar, mas breve ela chegará, aqui ou em outro lugar, por meio daquele que tudo vê e julga de forma justa e imparcial. "O plantil é livre, mas a colheita é obrigatória!" Rubens Lima
Enviado por Rubens Lima em 30/09/2010
Alterado em 01/10/2010 |