SEGREGAÇÃO
Se todos os homens nascem iguais,
Com a faculdade de raciocinar,
Divergindo dos demais animais. Certamente o racismo e o preconceito, São frutos de quem traz mágoa no peito. Que ignorando fraternidade e o amor, Confunde raça com cor. O vernáculo de uma raça, A sua estirpe fomenta. A competência vigora, Sua coragem congênita. A epiderme é um detalhe, Que determina a razão. Em uma pobre sociedade rica, Em fétida discriminação. Em um país onde a distribuição de renda é injusta, Tamanho agravo é um atraso, E a todos assusta. A igualdade de um povo é justiça, A benesse para uma raça, É uma astuta proteção. Em uma sociedade injusta, Usar a etnia para fins eleitoreiros, Incita a segregação. Não é isso que queremos! Queremos respeito e imparcial condição. Depois de tanto tempo sem igualdade, Vivendo na imposta marginalidade. Um Senador da República, Nosso ex-presidente. Nas faculdades nos abre este ardil precedente. Por ser ele um imortal, Ou por sermos pretos incompetentes? Será direito, esmola ou um tardio discernimento? O que nos falta é respeito, Trabalho e análogo tratamento. Nas faculdades não públicas, Teremos que reembolsar. Mas como Senhor Senador? Se o salário do preto é o mínimo, O que ganhamos não dá pra comer, Como fazer pra pagar? Sim... Nós somos humildes e sofridos, Porém, amigos da paz, Não somos eternos idiotas, Subservientes, não mais! Senhores Legisladores, Do Congresso Nacional. O Brasil não é mais o de outrora, E respeito ao povo não faz mal. Rubens Lima
Enviado por Rubens Lima em 03/05/2007
Alterado em 09/03/2018 |