UM ATO DE COVARDIA
Eu vi o temor nos olhos cansados,
Quando ele perguntou assim: "-Quando eu ficar bem mais velho, Qual de vocês vai cuidar de mim?" Já se sentido afadigado, E vendo os filhos criados. Não queria ficar sozinho, Em um asilo desamparado. Fez por todos o que podia, Hoje todos estão formados. Deu o pão trabalhou noite e dia, Mas ele teme ser negligenciado. Não queria ser esquecido, Recebendo como consolação. Num asilo triste e deprimido, O triste prêmio da ingratidão. Hoje está tudo mudado, O pai não é mais o Senhor. Cada um sai e vai pro seu lado, Esquecendo do genitor. No asilo, o velhinho exclama: "-Eu não quero incomodar, Cada um hoje tem sua vida, Sem tempo pra me visitar!" Mas eu continuo amando, A cada um de todo coração, Mas na verdade eu não queria, Sentir a dor da triste solidão. Muitos filhos esquecem os pais, Isso eu vejo todos os dias. Na história da vida real, Isto é um ato de covardia. Rubens Lima
Enviado por Rubens Lima em 05/11/2016
Alterado em 11/03/2018 |