IRMÃO DE COR
Hoje saí fui ao mercado Comprar arroz, farinha e pão, O segurança premeditado Meu rotulou como ladrão. Seguiu meus passos no mercado Me dedicou sua atenção Era também um rotulado De cor, era meu irmão. Nunca usei terno e gravata Eleito também nunca fui... Meu sapato é percata, Isso não me prostitui. Tenho a cor de asfalto Evito cometer asneira Fui criado lá no mato Meu codinome é capoeira. Tenho cabelo enrolado Dizem que ele é pixaim Meu nariz é achatado Assim eu gosto de mim. Tenho a cor do carvão Aquecido viro brasa Da história não sou vilão Desaforo, não levo pra casa. Rubens Lima
Enviado por Rubens Lima em 08/02/2021
Alterado em 08/02/2021 |