ALMIRANTE NEGRO

Para que seve a justiça

Que à injustiça se propõe?

Sendo lerda e remissa

Ao direito se contrapõe.

Que adianta se ter força

Sem saber que força tem,

Sendo levado para forca

Achando que o mal é bem.

João Candido, cadê você?

Diga onde você está...

Há chibata a reviver

Voltaram a nos açoitar

Ainda estamos vivendo

Sob um céu azul de anil,

E cada dia padecendo

Nos propagando varonil.

Quando o povo é enganado

E não reage à enganação,

Age como alienado

Retornando à escravidão.

Venha Almirante Negro

Sua Marinha resgatar...,

Foste o último sem medo

Que fez a nau navegar.

Sem você vamos afundar...